quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Rabisco Cinco

Hoje tive vontade de te ligar.
     É verdade.
     Tive vontade de pegar meu telefone e discar o numero que nunca saiu da minha mente. Discar o seu numero, e ficar por, sei lá, quem sabe a noite inteira ouvindo a sua voz.
     Tive vontade de te ligar no restrito, e ficar por minutos escutando o seu alô, ate você desligar, ou quem sabe, ficar ouvindo aquelas coisas engraçadas que você falava quando eu te ligava e você sabia que era eu. Sera que você saberia dessa vez?
     Tive vontade de te ligar com o meu numero, e antes que você falasse uma única palavra, começaria a te encher de lembranças. Pelo telefone, com a minha voz, eu iria te fazer lembrar dos nossos melhores, e piores momentos. E eu sei que no final, escutaria a sua voz de choro. Mas não sei falando o que. Você está tao mudado.

Sei que as coisas mudam, só que eu queria que mudanças não acontecessem com a gente. Você me entende, não é? Sei lá.

Hoje também tive vontade de bater na sua porta, e quando você saísse para atender, eu ficaria por um minuto, um único minuto sentindo o seu olhar, e depois bateria em retirada, torcendo para que você viesse atrás de mim.

Eu ainda sou aquele bobo, ta!?
     Aquele bobo que se amarrava com a sua companhia.
     Aquele bobo que amava quando voce estava por perto.
     Aquele bobo que sofria calado para te poupar das coisas.
     Ainda sou aquele garoto bobo que te conhecia por completo, e amava te provocar.

Aquele garoto bobo que... Que fazia de tudo pra chamar sua atenção.


Tive vontade de te mandar uma mensagem dizendo que sinto a sua falta, e que preciso de você por perto. Mas foi quando essa vontade apareceu que a verdade veio a tona.

EU NUNCA PRECISEI DE VOCE. NUNCA.

Era apenas o meu solitário coração se apaixonando por estar solitário, e não pronto.
     Apenas a vida querendo me ensinar que amar não é coisas para qualquer pessoa. Que para amar precisamos estar prontos, e não desesperados


Lembrei dos dias que tentei te proteger das guerras que você se metia, e sempre que eu tentava enfrenta-las com você, eu era bombardeado. Não bombardeado pelos seus inimigos, mas por você mesmo.
     Lembrei das noites que passei acordado lembrando das coisas que vivemos, enquanto você me dava vacuos por te cochilado. Que ironia, não é!?


Fui invadido por todas as lembrancas, e vi que aquele garoto bobo que dizia que te amava ainda vive em mim. Ainda sou eu. Mas vi que esse garoto bobo, para você morreu. Fechou as portas e jogou a única chave, no fundo do mar.


Tive vontade de te buscar de volta para mim, mas percebi antes de colocar essa minha vontade em pratica, que sem você o amor próprio se manifesta todos os dias.

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